terça-feira, 9 de setembro de 2008

Substituindo a Mão de obra escrava

Quando falamos em descendentes de italianos, logo vem à cabeça as delícias da culinária, mas o que poucos sabem são os motivos que levaram esses imigrantes a escolherem o Brasil como segunda pátria.
A imigração Italiana teve maior intensidade entre os anos de 1880 a 1930 devido a inúmeras conseqüências como, oferta de bons empregos, a proibição da entrada de imigrantes nos EUA, guerra da unificação Italiana, entre outros.
Os primeiros imigrantes se fixaram na região sul do país, logo após desbravando outros estados principalmente no interior de São Paulo, onde se concentrou a maior parte devido a lavoura de café. Com a recente abolição do trabalho escravo, fato que não foi levado muito a sério pelos fazendeiros, pois eles faziam dos Italianos semi-escravos, gerando muitos conflitos ao longo da história. Com a chegada dessas notícias na Itália, o governo Italiano começou a dificultar a imigração.
Com a chegada em massa dos italianos, os costumes daqui aos poucos começaram a se modificar, e vemos as “marcas” até hoje. Eles são responsáveis pelo enraizamento do catolicismo, hábitos de comer Panetone no natal, além das mais freqüentes como a pizza, espaguete, polenta, etc. Sotaque e dialetos que até hoje são usados, principalmente pelos Paulistas.
O estado de São Paulo teve, e tem até hoje, a maior concentração de imigrantes italianos, 70% as pessoas que vieram da Itália naquela época, se fixaram no estado e hoje há cerca de treze milhões de italianos e descendentes, chegando a grande marca de 32,5% da população do estado.
Hoje os italianos que vivem no Brasil são idosos, pois a imigração diminui consideravelmente na década de 50. O que há são Ítalo-Brasileiros, com uma população estimada entre 23 a 25 milhões de pessoas em nosso país, representando cerca de 15% da população total. O país ainda abriga a maior população Italiana do mundo fora da Itália.
Os Italianos foram muito importantes para o desenvolvimento e crescimento de nosso país, seja na indústria, na agricultura, em costumes, culinária entre outras tantas coisas, e não podemos nunca esquecer de valorizar a nossa cultura, nossa identidade, pois até um brasileiro não descendente de italiano tem um pouco de “Italianice” na alma.

Bruno Bellomi

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