Um casal sem afinidade, com diferenças artísticas, se junta para alcançarem um único sonho. Essa premissa é mais do que manjada, usada e desgastada pelo cinema gringo (cujo melhor exemplar é “New York, New York”, de Martin Scorsese). Mas houve uma época em que tal premissa, apesar de clichê, encantava o público com uma soma de fatores cujo resultado dificilmente é repetido. São eles, a trilha sonora, mulheres bonitas, proposta despretensiosa, e o principal fator nessa matemática: os anos 80.
O filme Dirty Dancing, de 1987, dirigido por Emile Ardolino (típico diretor de um sucesso só) agarra com todas as forças essa premissa e empurra todos os clichês para dentro do roteiro, cujo final é sintetizado pelo refrão de uma das músicas de maior sucesso no cinema, (I’ve had) The Time of my Life (Eu tive a chance da minha vida). No entanto, os “filmes-clichês” tipicamente oitentistas alcançavam um excelente público, pois, diferente do cinema popular americano de hoje, era despretensioso, não tentava enganar o público com um gancho para possíveis continuações, e tinham músicas que grudavam na cabeça do povo.
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