A grande demanda por materiais para atender as construções e reformas preocupam consumidores que esperam semanas, muitas vezes, até um mês, para receber produtos como cimento, madeira e ferro.
Sondagem da FGV (Fundação Getulio Vargas) com empresários do setor mostra que, no segmento de materiais de construção, a possibilidade de não atender encomendas em decorrência do esgotamento da capacidade produtiva aumentou de 39%, em 2005, para 57%, neste ano.
Por meio de nota, a Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) disse que 'os investimentos no aumento da capacidade de produção se mantêm superiores ao crescimento do PIB [Produto Interno Bruto]'. Pesquisa da entidade mostrou que 61% das empresas consultadas pretendem fazer investimentos relevantes nos próximos 12 meses.
Uma das saídas para a obra não parar é antecipar toda a compra. “Como estou reformando a minha empresa, precisei comprar tudo para evitar o problema da falta de materiais no mercado e mesmo assim ainda não consegui receber tudo”, ressalta o empresário Bruno Bernardi Neto.
Em empresas que fabricam tijolos, o funcionamento muitas vezes acontece durante as 24horas do dia para atender a alta demanda em diversos setores da construção civil.
Para o pedreiro Benedito Lúcio de Souza é importante também que alguns materiais não devem ser comprados com muita antecedência como o cimento. “Materiais como tijolo, areia e ferro podem até estocar e outros, pode ir comprando aos poucos”, aconselha.
Os dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) indicam que o mercado deve continuar aquecido. Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança atingiram R$ 20,3 bilhões nos 12 meses terminados em fevereiro, o dobro do movimentado no período anterior. Em quantidade, 213.269 unidades foram financiadas, contra 120.342 nos 12 meses anteriores.
Leonardo Andrade
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário