Tradição do humor americano, a stand- up comedy (“comédia em pé”), tem se tornado cada vez mais popular no Brasil.
A apresentação de comédias nesse estilo consiste basicamente em fazer piadas sobre situações do mundo cotidiano, no palco o humorista fala em primeira pessoa, e não dispõe de cenários nem nenhum outro tipo de artifício, dependendo inteiramente de suas habilidades artísticas, e apesar da desenvoltura informal apresentada pelo comediante pouca coisa é improvisada, o texto é desenvolvido com preciosismo, o que vai mudando é a maneira de se colocar as palavras.
O estilo de fazer comédia tem se tornado popular até mesmo em bares de algumas cidades, como por exemplo, em São Paulo e Rio de Janeiro, e tem assim revelado humoristas talentosos que sabem fazer piada sobre as mazelas cotidianas.
Nos Estados Unidos o gênero já é famoso há algum tempo, e ajudou a consagrar grandes ícones da comédia atual, tais como: Jim Carrey, Jerry Seinfeld, Bill Cosby, e Cris Rock. A diferença da stand-up comedy no Brasil, é que aqui o gênero tem se popularizado principalmente através das apresentações de grupos, como o Comédia em Pé, o Confraria da Comédia, o Comédia ao Vivo e o Clube da Comédia.
A moda da stand-up já ultrapassou inclusive os bares e casas de shows e foi parar na televisão, um dos programas que aderiram o estilo foi o Altas Horas, que tem feito disputa entre comediantes do gênero.
Até mesmo a própria televisão vem renovando o seu jeito de fazer comédia graças aos “comediantes de pé”, prova disso é que boa parte dos integrantes do programa CQC da Bandeirantes, se apresentam em bares país afora, e o apresentador Marcelo Adnet do programa 15 minutos da MTV, já virou figurinha carimbada nas noites de São Paulo.
Apesar da stand-up estar na moda no Brasil nos dias atuais, o gênero já foi importado dos Estados Unidos há alguns anos. O ator Jose Vasconcelos implantou o estilo na década de 70, e desde então, vem ganhando adeptos como Chico Anysio e Jô Soares, que até hoje faz a abertura de seu programa no estilo “comédia em pé”.
Haroldo Barbosa
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