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Eles são muito usados pela população e tem venda liberada nas farmácias, para comprar analgésicos, vitaminas e anti-inflamatórios não é preciso receita médica mesmo assim especialistas pedem cuidado, o uso incorreto desses medicamentos podem até mesmo agravar a doença.
A dona de casa Maria Reis, faz tratamento para asma no HC, os remédios para esse problema ela só toma se o médico receitar, mas para outras doenças menos graves ela mesma compra medicamentos sem prescrição, "Eu compro assim um anti-inflamatório, remédio para enxaqueca, para febre, esses eu compro sem a receita médica", disse.
Analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios são os remédios mais usados pela população sem a receita médica, no ambulatório de dor de cabeça do Hospital das Clinicas de Ribeirão Preto, pelo menos 50% dos pacientes chegam ao hospital depois de terem abusado da automedicação podendo agravar a doença.
Segundo o professor do curso de enfermagem da USP de Ribeirão Preto, Leonardo Regis Pereira, a automedicação pode ocasionar problemas, "Medicamentos de venda livre não é porque ele não tem obrigação de apresentar a receita que ele não vai causar nenhum problema, tem alguns medicamentos que usados de forma inadequada ele vai trazer problemas sim para esses pacientes”, conclui.
Já para o neurologista José Speciali, o uso excessivo de medicamentos costuma piorar as crises de dor de cabeça "No caso da dor de cabeça o excesso de analgésico costuma aumentar a dor de cabeça, o individuo toma o medicamento ela cessa, mas em seguida tem uma cefaléia chamada rebote que é pior que a dor de cabeça o uso excessivo costuma piorar crises de dor de cabeça”, disse.
A dona de casa Ana Lucia dos Santos, sofre de enxaqueca, antes de começar o tratamento tomava remédios por conta própria sem resultados, agora aprendeu que tomar medicamentos só com a receita do médico, "Não tomo mais medicação sem consultar o médico", afirmou.
"A automedicação sempre está contra indicada, porque o paciente poderá estar tomando uma medicação que os efeitos colaterais dela são piores que a própria doença. Tomando uma medicação ineficaz, você está gastando dinheiro, tomando uma medicação sem que ela tenha haver com a sua doença”, disse o médico neurologista, José Speciali.
André R. Marcolino
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