terça-feira, 7 de outubro de 2008

AutoMedicação


A venda de remédios cresceu 12,5% nos últimos 4 anos no Estado de São Paulo, grande parte desse aumento se deve a automedicação, para falar sobre o assunto entrevistamos a professora do curso de farmácia da USP de Ribeirão Preto Julieta Ueta.

Porque os brasileiros tem o hábito de auto se medicar ?
R. A automedicação é uma prática usual de toda a população, e aqui no Brasil nós temos o excesso no números de farmácia e além do problema do sistema de saúde.

Quais os efeitos colaterais que os remédios mais comuns vendidos sem receita médica pode causar ?
R. Desde alergias que são extremamente perigosas, medicamentos para dor, para alergia, todos esses podem causar problemas para os pacientes. Principalmente em crianças e idosos, uma criança tem um tamanho menor, tem um organismo totalmente distinto, o mesmo ocorre com os idosos, um remédio para gripe pode matar uma criança ou até mesmo um idoso. Então a gente sempre recomenda que não façam parte da automedicação, a não ser uma pessoa que saiba que está fazendo com recomendação médica.

A automedicação pode mascarar uma doença grave ?
R. Exatamente, se a gente tem uma dor toma um analgésico, tem uma inflamação toma um antiinflamatório, e não descobre a causa,a consequência desse tratamento, do sintoma, pode estar mascarando uma doença extremamente grave.

Além das alergias,também a o risco de intoxicação ?
R. Sim, a intoxicação é um problema muito sério, no Centro de Intoxicações do Brasil a gente tem o medicamento como o pior inimigo da intoxicação.

No caso do paciente que toma mais de um remédio, qual o cuidado que ele deve ter ?
R. A gente tem a possibilidade de um rémédio interagindo com o outro, pergunte ao farmacêutico, pergunte ao médico se aquela medicação que é para fazer bem para sua saúde vai realmente te favorecer.

O balconista de fármacia pode receitar um remédio ?
R. A gente recomenda que sempre seja consultado um farmacêutico profissional adequado para fazer este tipo de recomendação a cada individuo.


André R. Marcolino

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