quinta-feira, 19 de junho de 2008

Garoto Ribeirão Pretano não morreu envenenado, confirma IML

No ultimo dia 12, quinta – feria, a mãe chamou uma ambulância para socorrer Pedro Henrique de cinco anos, que morreu de parada cardiorrespiratória no hospital. Ela e o padrasto disseram à polícia que o menino tinha ingerido um removedor de manchas doméstico no apartamento onde morava.
A criança foi enterrada na sexta-feira, dia 13 em Araraquara, a 273 km da capital paulista. A polícia pediu a exumação do corpo e, nos exames feitos pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Ribeirão Preto, não foram encontrados indícios de envenenamento.

Os peritos constataram duas fraturas em um dos pulsos do menino e marcas pelo corpo. Em março deste ano, o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia de maus tratos dos vizinhos da família, mas não encontrou sinais de violência doméstica.
Alguns moradores do condomínio prestaram depoimento e pelo menos três deles disseram à polícia que a mãe e o padrasto da criança se desentendiam com freqüência e que várias vezes perceberam que o menino tinha hematomas. Como suspeitavam que ele sofresse maus tratos, chamaram a polícia em três ocasiões. Uma vizinha confirmou ter ouvido barulhos de briga no dia da morte.
O diretor do IML afirmou que o corpo do menino apresentou "embolia gordurosa pulmonar". Segundo ele, esse tipo de embolia gordurosa não é freqüente, mas com o garoto deve ter sido aguda e rápida. A embolia pode ter sido provocada por um gesto violento ou um chacoalhão mais brusco, no dia da morte. "Ninguém pode dizer que essa criança se machucou porque caiu", afirmou Velludo. "Pelo menos nos últimos dias ele sofreu alguma forma de lesão", disse.
A delegada responsável pela investigação da morte do menino Pedro Henrique Rodrigues, ocorrida na semana passada, em Ribeirão Preto, disse que não pretende fazer um novo pedido de prisão da mãe e do padrasto da criança. Na quarta-feira, dia 18, a Justiça não aceitou o pedido de prisão preventiva do casal, feito pela polícia e que havia obtido parecer favorável do Ministério Público.
O laudo final sobre a morte do menino deve ficar pronto até sexta-feira (20). A defesa do casal sustenta a versão de que o menino ingeriu um produto químico no dia da morte.

Danielle Faria
Carla Jorge

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