sexta-feira, 18 de abril de 2008

Caso Isabella: reacende discussão sobre violência cometida contra crianças


Mateus de Lucca Constantino
Vivian Fernanda Garcia da Costa

O caso que deu um desfecho trágico a garotinha Isabella de apenas cinco anos que foi encontrada ferida no jardim do prédio de seu pai após cair do 6º andar, reacendeu o debate sobre a violência cometida contra crianças.

De acordo com a psicóloga Tatiane Beneduzzi o caso da menina, promove uma inversão de valores os pais que até então são vistos como “cuidadores e zeladores” passam a serem vistos como ameaça. Para a psicóloga em uma tragédia como essa que a mídia repercute a todo o momento o desdobramento do fato, “é melhor que as crianças não acompanhe os noticiários, pois elas ainda não tem discernimento para compreender todo contexto que gerou determinada situação” afirma Tatiana.

Segundo a pedagoga Daiane Machado os pais devem saber dosar o limite entre o poder, para que não se tornem autoritários e até mesmo violentos na hora de educar. “Um tapinha na intenção de corrigir não prejudica e nem frustra, o que não pode são essas atitudes violentas e autoritárias” diz Daiane.

Com a criação do Estatuto da criança e do adolescente (ECA) na década de 90 houve uma mudança em relação aos direitos da criança. Atualmente a lei prevê punição para a pessoa que comete crimes violentos contra a criança. Para a assistente social Fernanda Martins, em entrevista ao blog diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com, mestre em psicologia social e coordenadora de Políticas Pró-Criança e Adolescente da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese). “Foi nesse momento que a criança passou a ser considerada como um sujeito de diretos”, afirmou.

Antes, de acordo com a assistente social, bater em crianças era um paradigma social aceitável e não gerava prejuízos para o agressor, pois não havia denúncias. A Justiça precisa se empenhar mais para tratar os casos e punir os agressores.”

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