Jane Désirée
Stephanie Lacerda
A fobia social é uma doença caracterizada pelo medo excessivo de ser foco da atenção de outras pessoas e nessa circunstância fazer algo ridículo ou humilhante. O psiquiatra João Jorge Girdziauckas, explica que “todos nós temos momentos de aumento da ansiedade em situações de interação social, quando somos apresentados a desconhecidos e quando somos foco da atenção de todos, como uma apresentação em público”. Quem tem fobia social tem um medo exagerado da interação com outras pessoas e vai evitar as situações de exposição social, ainda que isso prejudique sua vida. Além disso, ocorre o que chamamos de ansiedade antecipatória. Isto é, aumento significativo de ansiedade no período que antecede as situações de exposição social, afirma, Girdziauckas.
V.R.S 23 anos, feminino, conta que abandonou a faculdade há dois anos por não ser capaz de apresentar seus trabalhos para os colegas de classe. Disse que desde criança sempre se sentiu mal quando tinha que falar com estranhos. Nunca tive coragem de fazer perguntas na frente dos colegas e se por acaso os professores fizessem perguntas em público, sentia-se muito mal, com sintomas físicos de ansiedade. Quando soube que tinha que apresentar um trabalho para os colegas, passou a sentir-se ansiosa diariamente. Essa ansiedade foi aumentando progressivamente até o dia da apresentação. VRS não conseguiu ir: tinha medo de tremer, passar mal, ter “um branco”, gaguejar. Abandonou a faculdade por isso.
É preciso diferenciar fobia social de timidez. A fobia social ocorre quando a ansiedade é excessiva e persistente enquanto que na timidez é uma ansiedade normal que muitas vezes até contribui para um bom desempenho em situações sociais.
O paciente que possui esse transtorno apresenta as seguintes características.
Desejo extremo ou necessidade absoluta de aprovação social;
Expectativa de avaliação negativa;
A desaprovação é vista como uma "catástrofe";
Os tropeços são relembrados, freqüentemente, acompanhados de tristeza ou auto recriminação;
Reações duvidosas dos outros são interpretadas como negativas.
A depressão, abuso do álcool e drogas são fatores relacionados à fobia social. Apesar de bastante comum, a fobia social não é vista como doença. Estudos mostram que 7% das pessoas têm ou já tiveram a doença.
Os tratamentos eficazes para o transtorno de ansiedade social consistem em medicação combinada com sessões de psicoterapia. Para o paciente é importante reconhecer o problema, procurar ajuda especializada para tratar a doença. Aprender sobre os sintomas físicos e psíquicos e as formas de controle e tratamento. Sempre que necessário procurar suporte de outras pessoas, familiares, amigos próximos e grupos de auto-ajuda. A medicação vai diminuir a sua ansiedade e a terapia é fundamental para ajudar o paciente a se expor às situações temidas e para treiná-lo em certas situações, conclui o médico.
terça-feira, 6 de maio de 2008
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